Por: Rosana Vieira Presidente do Instituto Agir
Este é o terceiro artigo da série '4 lições que a pandemia trouxe para o serviço público.' Leia o primeiro e o segundo artigo da série clicando aqui e aqui.
Uma das áreas mais afetadas pela pandemia foi a educação, especialmente no setor público. De repente, para não perder o ano letivo, milhões de alunos e professores se viram obrigados a se familiarizar com aulas remotas e um ambiente virtual que depende da internet. Ainda assim, segundo a UNESCO, 1,5 bilhões de alunos ficaram sem acesso às escolas no mundo inteiro.
Além do ensino à distância ter sido a alternativa mais viável (senão a única) durante a pandemia, a utilização da tecnologia também facilitou algumas atividades rotineiras como o controle de frequência, o lançamento de notas, acompanhamento do aluno e até uma relação mais próxima com os pais puderam ser constatadas durante esse período. Entretanto, a utilização necessária da tecnologia nesse período evidenciou ainda mais a desigualdade social e exclusão digital que muitos alunos e até professores enfrentam no seu dia a dia.
Em alguns locais do país as aulas presenciais já foram autorizadas na rede pública e particular. Em São Paulo e no Amazonas, o retorno das aulas foi marcado por protestos de pais, greves, ações na justiça e contaminações de professores.
O retorno das aulas presenciais ainda é uma incerteza em muitos lugares do país, mas uma coisa é certa: a tecnologia será uma aliada necessária nesse processo. Nesse sentido, a educação brasileira precisará resolver a equação que envolve educação, tecnologia e inclusão digital. Para isso, as secretarias de educação precisarão rever seus planejamentos pedagógicos e orçamentários, preparar professores, alunos e a própria escola para uma realidade que é bem mais digital.
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